sábado, 22 de dezembro de 2007

Hasta la vista, baby!

Nos próximos 20 dias eu não atualizarei este blog, razão: estou partindo para a Espanha nesse final de semana. E embora eu fique tentada a postar notícias, não quero comprometer esse pouco tempo de férias com internet!

Desde já desejo um ótimo natal e uma passagem de ano divertidíssima a todos!

Besos,

Jéssica Feller

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Caixa de Pandora

Dentro do maleiro guardo quatro caixas, duas apenas para textos e apostilhas da faculdade, em outra estão milhares de fotos (umas organizadas em álbuns e outras tantas soltas), a mais importante contém todas as cartas, bilhetes, cartões e desenhos que já recebi. Uma vez por ano abro a caixa (agora já quase sem nenhum espaço) e releio todo o seu conteúdo.

Faz parte das tradições de natal, olhar para trás e relembrar tudo o que já passou, para então escrever as metas do ano novo. Minha mente bloqueia a existência de tantas palavras de carinho e amizade, tantas memórias e poesias guardadas naquela caixa. Toda vez que as leio, parece a primeira vez. Este ano em especial, as palavras daqueles que não estão mais presentes, foram ao mesmo tempo nostálgicas e reconfortantes.

Lá estava a história em quadrinhos que o Guilherme fez para me alegrar, em sua visão eu era uma heroína cheia de apetrechos que lutava contra aquela que “roubara” o afeto de determinado rapaz. Estava também a carta que meu padrinho mandou para o retiro da crisma, junto com o cartão de meus avôs e pequenos bilhetes cheios de desenhos feitos pelo meu irmão.

A saudade de todos aqueles me fazia sentir privilegiada, por ter convivido e amado tantas pessoas especiais, que demonstravam o que sentiam e que sempre estavam ao meu lado. No fundo da caixa havia várias folhas de caderno enroladas, lá estavam os famosos relatórios de aula, que falavam de tudo, menos da aula em si. Não importa se ao olhar para o passado você ri ou chora, o importante são as provas de que você viveu plenamente, um dia de cada vez e que no fim tudo aconteceu da melhor forma possível.


Jéssica Feller
que já preparou uma nova caixa para as lembranças que estão por vir

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Pinico



Há dezenove anos a senhora Dalci trabalha aqui em casa. A “vó Mi” como é chamada, cuidou de mim e depois do meu irmão. Ela tem um metro e meio, faz a melhor nega - maluca do mundo e quando ri fica toda vermelha. É ela que me acorda, que conversa comigo em pé na cozinha, que me ajuda a enfeitar a casa para o natal. Esses dias interrompi uma conversa entre ela e minha mãe. Ao sentar-me na mesa, ela me disse:
- Eu tirei você das fraldas
-Como?
-Eu te deixava sentada no pinico o dia todo!
-Poxa vó, obrigada (? !)

Há certas lembranças que nunca deveriam ser compartilhadas e certos métodos que deveriam ser abolidos.

Jéssica Feller
que hoje já sabe usar o banheiro

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

V.I.P

Existem clubes e grupos exclusivos onde você só pode se tornar sócio de tiver QI, muito dinheiro ou nome (há casos em que os três são necessários). Os VIP´s causam fascínio, admiração e muitas vezes, inveja. Claro que existem as pessoas que não a mínima para o tratamento e as regalias dos VIP´s, eu não sou uma delas.

Recentemente eu descobri um lugar maravilhoso para passar os finais de semana, cercado de árvores, com piscina, lago, salão de festas/ churrasqueira, trilha, etc. E como todo bom “clube”, esse lugar é exclusivo e pouco divulgado, mas eu tenho o prazer e o privilégio de ser uma das freqüentadoras.

Acontece que esse oásis é na verdade, a casa de um dos meus melhores amigos, e para ser bem sincera não é por causa dos atributos físicos da propriedade que esse lugar é tão freqüentado. Quando amigos se reúnem, seja para jogar cartas, conversar ou comer (álcool está incluso nas três opções), não importa se vocês estão em uma cobertura ou garagem.

Qualquer lugar pode ser o clube mais exclusivo quando somente as pessoas que você gosta o freqüentam. E existe alguém mais VIP do que seus amigos?



Jéssica Feller
que agora sabe que até VIP se queima se não usar protetor solar

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Minhas férias

Quando somos crianças tudo parece ser mais emocionante. Aniversário é um dia mágico onde tudo pode acontecer, a páscoa é uma busca emocionante por ovos de chocolate, o natal parecia durar anos e as férias de verão era a melhor época.

Hoje tenho consciência de que meu aniversário não é feriado nacional e que as pessoas pouco se importam se estou completando 10,20 ou 30 anos, o natal passa rápido e a maioria dos presentes são sem graça, a páscoa eu nem comemoro mais(me digam se não é o pior feriado para gordinhos), e quanto as férias de verão, essa nunca mais será a mesma.

Eu era feliz quando podia acordar às 10 da manhã, ver desenhos até meio-dia,passar a tarde na piscina, comer bolacha recheada molhada no tang de laranja(era só eu que fazia isso?) e por fim ir brincar na casa de alguma amiga!Aí que delícia eram minha férias.

Hoje tudo isso se resume a: trabalho, televisão, dormir. Mas dessa vez eu vou fazer algo diferente, pois estou cansada de apenas reclamar! Aí está minha lista de compromissos para as férias:
-ler livros que não tenham nenhuma ligação com a faculdade;
-ver todos os filmes que ainda não tive tempo de ver;
-ir pelo menos uma vez na praia (e só uma, não abusem);
-montar uma piscina de plástico e ficar boiando por pelo menos 10 minutos;
-reunir os amigos e ver os filmes do Stephen King e depois ficar com medo de dormir

Jéssica Feller
que sempre promete e nunca cumpre

domingo, 2 de dezembro de 2007

Fantasma do passado

Vestindo terno e gravata preta você me observa do outro lado do salão, tentando reconhecer aquela que um dia foi sua amiga, confidente, amante. Ela está ao seu lado e pelo que vejo, estão mais felizes do que jamais foram. Sento-me e arrumo a saia do vestido que em certa ocasião você chamou de “multicromático”. Retraio cada músculo e fibra do meu corpo para não ir falar com você, tocar você, beijar você.

Prendo minha respiração ao primeiro sinal de sua aproximação. Com sua magistralidade habitual, me beija o rosto e pergunta como estou. Com um tom indiferente ensaiado, digo que estou bem e abro um sorriso, desses que te fazem corar. Afasto-me em direção a porta, e ao descer o terceiro degrau não seguro mais as lágrimas. Por todo o caminho de volta para casa eu repito mentalmente que a culpa disso tudo é sua.

Secretamente anseio que você apareça e me peça perdão, diga que estava errado e que hoje sabe que sou eu, a única mulher para você. Quando chego ao portão olho a minha volta e observo que estou sozinha na rua. Nada fará você voltar em sua decisão, no fundo eu sei que é o melhor para ambos. Seu coração pertence a ela, meu coração pertence a mim.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Destinos


Planejar uma viagem pode demorar dias, semanas, meses e por que não, anos. No dia 23 de dezembro eu estarei embarcando para Portugal e de lá irei para a Espanha. Minhas roupas de inverno já estão lavadas e separadas, no mp4 já estão as 500 músicas selecionadas e na estante esperando há um mês está o livro “Comer, rezar, amar” de Elizabeth Gilbert.

Além disso, nada mais está planejado. Posso passar o ano novo em Portugal ou em Vigo, ficar uma semana na casa dos familiares e na outra ficar em um hotel, posso ir a Sevilla visitar minha amiga Patrízia, passear em Barcelona e Madri. Mas só vou saber meus destinos quando chegar lá. Até agora nada disso havia me preocupado, mas quanto mais perto está a viajem mais ansiosa fico. Talvez seja a decepção de ter ido ao Chile e não visitar a casa de Pablo Neruda que me deixa afoita em relação aos lugares que quero conhecer na Espanha.

Seja qual for o destino, espero cumprir a promessa a Marina e escrever um pouco sobre minhas impressões da viagem, até mesmo sobre as coisas que deixei de ver.

Jéssica Feller
que tem sérias reservas quanto a comida servida em aviões

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Homens!

Se cada vez que um homem mentisse seu pau crescesse, não existiriam mais carros de luxo. E essa é a verdade. Fico louca quando ouço uma mentira daquelas bem descaradas sair da boca de um homem, pior ainda se eu gosto dele. Não me entendam mal, eu amo os homens, com a mesma força que os odeio.

Sei que a briga dos sexos não é nada inédita, mesmo assim eu conquistei o direito de dar a minha opinião. Os homens vão se defender dizendo que as mulheres também mentem o mesmo ou até mais que os homens. Acontece que as mulheres são extremamente cuidadosas com suas mentiras (pelo menos eu sou), e na maioria das vezes mentimos para “poupar” as pessoas.

Os homens mentem para salvar a própria pele, vivem inventando historinhas que não tem nenhum fundamento e usam argumentos que não são plausíveis nem para crianças de colo. Eu não entendo qual é a dificuldade de falar a verdade, e se esse não for o caso, porque não dedicar mais tempo pensando em uma boa mentira?

O que mais me irrita não é o fato deles mentirem, é o fato deles acharem que a gente acredita em qualquer coisa que eles dizem. Homens, acreditem quando eu digo: nós sabemos quando vocês não estão afim, quando estão com outra, quando querem sair sozinhos com os amigos, quando estão bêbados. Então por favor, poupem-nos dessas desculpas esfarrapadas!

Jéssica Feller
que um dia ficará rica ensinando homens a mentir

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Me fogem as palavras

Se tem uma coisa que me intriga é a capacidade que as pessoas tem de postar texto, atrás de texto, como se as palavras fluíssem com a maior facilidade do mundo.
Há muitos dias eu tenho pensando em diversos temas que dariam bons posts. Acontece que sempre há algo que me impede de escrever, as vezes é sono, outras preguiça e muitas vezes a falta de palavras.

Quisera eu ter o humor negro da Lilian, a sensibilidade da Marina, as reflexões do Julio ou as idéias mirabolantes do Douglas. Mas não tenho, e devo me conformar. Em minha ânsia por buscar palavras leio e releio livros dos mais diversos autores. Cheguei à conclusão de que de nada adianta buscar nos outros o que me falta.


Jéssica Martinez Feller
Que se compromete a escrever um texto sem tanta lengalenga em breve

terça-feira, 13 de novembro de 2007

SILÊNCIO!


Passamos os nossos dias cercados de pessoas, seja em casa, no trabalho, na faculdade, nas ruas. Há tanto barulho o tempo todo que às vezes é quase impossível ouvir a si mesmo. Deitamos na cama e ao invés de dormir, pensamos. Nossas cabeças estão trabalhando o tempo todo e em determinado momento tudo isso parece extremamente cansativo.

Após mais um dia desses, quando eu estava longe de terminar minhas “obrigações”, cheguei a uma casa vazia, sem pai, mãe ou irmão. A casa toda só pra mim! De repente me ocorre a idéia de que eu também mereço um momento a sós comigo mesma, fazer algo que me de prazer, ficar em silêncio nem que seja por algumas horas.

Faço exatamente isso, bloqueio todas as pendências de minha mente e aproveito um longo banho, seguido pela leitura de minha mais nova aquisição pelo sebo virtual. Depois de três horas a família retorna cheia de historias para contar, o jantar estava ótimo, a banda era maravilhosa e ganharam vários prêmios. Mas no fim das contas, eu ainda acho que quem aproveitou melhor à noite fui eu. Porque muitas vezes as melhores respostas estão no silêncio.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

As diferenças nossas de cada dia



Três amigas conversam sobre seus últimos “perrengues” com suas mães, ao se despedirem a conclusão é unânime: mãe é tudo igual. Mas isso não basta. Frases generalizantes no estilo: “homem é tudo igual”, “... só muda o endereço”, não servem para nada. Apenas para fazer com que a gente se sinta melhor, sabendo que por aí há pessoas passando pela mesma situação. Mas será verdade? Somos todos iguais?

Em uma sociedade onde tudo parece ser “programado”, será que estamos lutando para sermos deferentes ou tentando alcançar um lugar em meio a tudo isso? O que parece melhor: ser diferente ou pertencer? Não sei exatamente da onde vieram esses pensamentos, acredito que seja de uma vontade enorme de acreditar que todos somos seres individuais e singulares, que não podemos ser comparados nem mesmo uns com os outros.

Parece fácil não é mesmo? Todos os homens podem ser insensíveis, cretinos,traidores, afinal “são todos iguais”. Qual é o conforto que a igualdade nos traz? Por que sempre estamos tentando nos encaixar em um ou outro lugar? Existem mesmo categorias onde todas as pessoas pertencem? E se existe, quem as criou? Quem julga?
Não consigo parar de pensar que ao tentar ser diferente estou cada vez mais sendo igual a todos os outros...

Jéssica Feller
que não possui todas as respostas, mas definitivamente todas as perguntas

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O tempo

Gostoso é ter tempo de sobra, é não ter problemas na cabeça, passar mais de vinte minutos apenas observando a vista da janela do seu quarto. O céu está nublado e uma chuva fina caí molhando a grama no quintal. Apesar do frio posso ouvir o canto de alguns pássaros. Há algo mágico na chuva, ela desacelera nossas vidas, relaxa, trás um sentimento de “limpeza”.

Talvez seja porque ela lembre como são bons os dias de sol. Dias quentes na piscina, cerveja gelada na praia, deitar em uma rede. Apenas olhar pela janela já faz com que a chuva tenha um propósito. O cheiro da terra molhada, o friozinho que passa pelo corpo, o chocolate quente que aquece. São de opostos que a vida é feita.

Pequenas flores roxas caem no chão, na rua um festival de guarda-chuvas coloridos, a cidade está calma e escorregadia. Aos poucos o céu vai escurecendo, a noite chega e na cama deitada eu espero o sono vir. Escuto a chuva novamente, fecho os olhos e novamente sonho com dias quentes de verão.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A festa da vizinha

Uma vez eu li um livro chamado “Vizinho- o pentelho mora ao lado”, mas acho que só entendi o real significado desse título ontem de madrugada. Na minha rua não há muitas casas, tem o porto na frente, o sindicado dos estivadores, um bar, uma “casa de tolerância” na rua do lado, o shopping quase no quintal de casa. Mas ontem eu fui relembrada da casa na rua de trás.

Eu sabia que naquela casa morava uma senhora com quase 80 anos, o que eu não sabia é que ela é uma pagodeira! Por muito tempo eu suportei a mania dela de queimar o lixo no quintal, enquanto a fumaça impregnava a minha casa, mas ontem ela se superou.
Ás 11:30 da noite ela deu inicio a um “pagodinho no quintal”, com direito a 200 convidados, 2 grupos de pagode, lona transparente e muita, muita gritaria!

Enquanto eu tentava ler um excitante livro sobre o golpe eleitoral de 82 em SC (tudo bem estou sendo cínica, o livro não tem nada de excitante), os cavaquinhos contratados pela vizinha não paravam de fazer um barulho infernal. Lá pelas duas da manhã eu já estava de saco cheio e pronta para ligar para a polícia, mas a minha mãe tem uma “política de boa vizinhança” e um sono bem pesado.

Então fiquei eu, acompanhando a festa pela sacada. Imaginando o que leva a uma pessoa a fazer algo como aquilo, estender uma lona no quintal e pagar para cinco babacas ficarem cantando músicas de corno! Mas o que mais me indigna, é que a vizinha/pentelha não teve a capacidade de me convidar!


Jéssica Feller
que está programando um festiva de metal no quintal de casa no próximo sábado


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Prós e contras


Como é difícil é ser “sozinha”. Não me entenda mal, eu gosto de ser solteira, de “curtir” minha liberdade, de não “dever” satisfação. Mas às vezes, até a mais convicta das solteiras têm que admitir que estar “sozinha” não é tão bom assim.

Falta alguém pra te olhar com ternura, te fazer rir, alguém pra te abraçar e beijar, pra ver um filme no sábado à noite, pra cozinhar, pra beber vinho, pra conversar, pra falar sobre o futuro. Alguém para compartilhar a liberdade, para contar sobre o seu dia.

Não há nada mais mágico do que sentimentos correspondidos, olhares que se cruzam, beijos encaixam. Às vezes acho que tudo se resume a isso: momentos. Histórias de amor são eternas, mas e o amor em si, é para sempre? Eu gostaria de acreditar que sim.

Houve uma época em que tudo era possível, em que minha cabeça não ousava questionar meu coração. Infelizmente não sou mais assim. Quem sabe com o tempo...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quantas músicas podem ser a sua "predileta"?

Que coisa incrível poder viajar no tempo com apenas um acorde. Ouço os primeiros 3 segundos de uma música e pronto! Lá estou eu, de volta a oitava série, de volta ao meu primeiro beijo, ao lado de um amigo que nunca mais vi. Nossas experiências estão impregnadas de sons, cheiros, gostos, sentimentos.

Se eu pudesse reviver minha vida, não faria nada diferente. Acho que apenas prolongaria mais as fases, seria mais boba do que fui, cantaria mais alto, abraçaria mais meus amigos, falaria menos e daria mais risadas. Pensando bem, eu não voltaria um dia na minha vida, tudo foi absolutamente perfeito até agora, até os dias ruins, as crises de choro, as quedas.

Ainda bem que existem as músicas, os cheiros, os gostos para me lembrar de tudo que já vivi e de tudo que ainda viverei. Mas daqui por diante, aproveitar mais os momentos rir mais, abraçar, falar besteiras, dançar, até que eu encontre a minha próxima “música predileta”.

domingo, 21 de outubro de 2007

As Pollys vão dominar o mundo?

Se tem uma coisa que me tira do sério são garotas Polly. Se você não sabe o que esse termo que eu adotei significa, deixe-me explicar. Pollys são as garotas que a Tati Bernardi chama de “fadinhas”, conhecidas também como "patricinhas".

Pollys são “wanna be Barbie´s”, mas elas nunca passaram do um metro de sessenta (sorry) e por isso nunca poderão ser o ícone loiro da futilidade. Essas garotas são fácil reconhecimento: elas andam em bando, tem mechas loiríssimas (a base de muito descolorante) e cabelos lisos (a base de muita prancha). Todas usam brincos iguais, uma época foram as pesadíssimas argolas de prata, depois de arame com fios coloridos e agora as de madeira com strass. Usam pulseiras até o cotovelo e juram de pés juntos que são todas de prata.

Eu acredito que exista uma loja especializada para Pollys, onde só se vende saias minúsculas e botas anabela de madeira que ficam muito largas nas pernas e dão aquele impressão de estarem “pisando em ovos”. Quando vão a bailes de formatura usam algo bem original: o mesmo vestido. Curtinho com uma fita de cetim, cujo a única diferença é a cor, juntas elas parecem as princesas da Disney (e isso não foi um elogio).

As Pollys estão sempre bronzeadas e “ficandinho” ou namorandinho” com algum carinha tosco que tem vários amigos toscos. Como se tudo isso não fosse o suficiente elas tem uma risada bem tolinha e irritante, usam perfumes doces de mais, tem aquele tipinho de voz fina que te faz querer vomitar e pesam 50 gramas. Seus hobby´s são bater fotos fazendo biquinho na frente do espelho e infernizar a minha vida. Suas aspirações para o futuro são: ser modelo ou dona - de – casa - rica ou mulher de médico ou dançarina do “É o than”.

O que mais me irrita nelas é aquele olhar vazio, seguido por respostas idiotas que só poderiam sair da boca de uma boneca de plástico. Mas parai, bonecas de plástico não falam! Então por que elas insistem? Não dá para ficar caladinha, fazendo biquinho o tempo todo? Não dá para poupar as pessoas de suas irritantes conversinhas?

Quando eu passo ao lado de uma Polly tenho vontade de pega-la com uma mão só (acredito inclusive que seria possível) e chacoalhar até que o seu imã caia. Porque eu simplesmente não posso viver em um mundo onde há criaturas tão nocivas a saúde, andando livremente por aí!

Jéssica Feller avisa: Pollys possuem imãs que podem causar retardamento intelectual gravíssimo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Refém

Ontem à noite enquanto eu tomava um banho relaxante, uma barata entrou por baixo da porta. Fiquei estarrecida com aquela presença indesejada. Sim, eu sou uma dessas garotas frescas que odeiam baratas e aranhas, que dão gritinhos e sobem em cadeiras. Acontece que a porta estava trancada, ninguém poderia vir me socorrer, eu era uma refém.

Dentro do box, acompanhei com os olhos enquanto ela entrava no tênis do meu irmão (bem feito quem manda deixar tudo jogado), subir pelo armário de toalhas e por fim, se dirigir a pia. Percebo que o pote onde guardo minha escova e creme dental está aberto. Que aflição! Bem que a minha mãe diz: “Fecha esse pote guria, um dia uma barata vai passar por aí!” (odeio o fato de que minha mãe sempre tem razão).

Quando meus dedos já estavam murchos, eu decidi tomar uma atitude. Fechei o chuveiro, me enrolei na toalha e devagarzinho saí do banheiro. Voltei munida: inseticida em uma mão e na outra o tênis do meu irmão (quem manda deixar tudo jogado). Depois de alguns minutinhos de hesitação ela estava sendo jogada no lixo, junto com minha ex-escova de dente, ex-creme dental e ex-pote. Tudo bem que eu não a vi passar por ali, mas do jeito que a minha mãe tende a estar certa, eu achei melhor garantir!

Jéssica Feller
que viu uma barata "daquelas bem gordinhas"

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

(...)

-Faz tanto tempo que não me apaixono, nem sei mais como é!
-É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece!
-Mas eu não sei andar de bicicleta!
-A cavalo?
-Não.
-Então, é como dirgir!
-(...) eu acho que dirijo mal!
-Então tas perdida!!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O nascimento

Já eram quase 23:00h quando o meu celular tocou, do outro lado uma voz amiga me diz:
-Nasceu! Nosso bebê nasceu.
-Como foi Guilherme? Deu tudo certo?
-Não dá pra explicar, aquele barulho, tudo girando, não dá pra explicar! disse ele com a voz chorosa.
-Me conta, ou melhor passa pro Júlio. - Júlio, como foi?
-Um tesão,cara, um tesão! To com ele na mão agora, amanhã você vai ver.

Eu desliguei o telefone e soltei um berro, daqueles de alegria que vem acompanhado por pulinhos e é claro olhares alheios.
E foi assim que nasceu o “Folha Universitária”, filho de todos aqueles que se encontravam em bares e restaurantes, que passavam horas falando sobre um jornalismo diferente, um jornalismo melhor.

Ele agradou e desagradou a muitos, sofreu críticas e até teve aquele zine, dizendo que o pessoal do primeiro período não entendia nada, nem de diagramação, nem de conteúdo.
O “Folha Universitária” só teve uma edição. Edição que eu ainda guardo com muito carinho, toda assinada por aqueles que um dia serão “os grandes nomes da comunicação”.

Até hoje quando me lembro daquele dia tenho vontade de berrar, de sorrir, de chorar. Talvez as pessoas vejam o jornal como um fracasso, eu vejo como uma vitória. Uma grande vitória, a primeira de muitas. O melhor disso tudo foi que eu pude compartilhar aquela alegria com pessoas que acreditam como eu, em um jornalismo melhor.



Jéssica Feller
que sente muita falta daquele tempo

domingo, 14 de outubro de 2007

1° passo: admitir que tem um problema

O post de hoje é quase uma confissão. Uma confissão sobre o meu mais novo prazer culposo. Digo isso por que desde os primórdios prazer vêm associado à culpa, coisas da Igreja Católica. Enfim, todos sabem (e se não sabiam, estão agora) que eu sou viciada em Sex and the city. Mal pude me conter quando soube que as temporadas estavam sendo vendidas nas bancas (algum tipo de golpe promocional da revista Contigo!) Acontece que os fascículos só foram até a 2° temporada e isso é claro, não é satisfatório.

Eis que eu tive de buscar novas alternativas para completar a coleção (o seriado teve seis temporadas). Fui apresentada então as compras on-line. Confesso que no começo eu não me senti muito a vontade, acho que foi por que vi um documentário sobre uma mulher que colecionava cachorros, ou melhor bibelôs em forma de cachorros, e os encontrava pela internet . Aquela imagem me aterrorizava, mas no fim acabei cedendo.

Durante duas semanas eu fiquei satisfeitíssima em ver a coleção completa em minha estante, mas acabei sentindo um enorme vazio ao concluir que agora não há mais nada para comprar. Veja, se eu morasse nos EUA poderia encomendar camisetas, roupão e até mesmo copos de Sex and the city, infelizmente a HBO não disponibiliza esses produtos para os brasileiros.

Mas meu prazer (culposo) vai além da série, aliás, ela foi apenas uma desculpa para entrar no perigoso território das compras virtuais. Não sei explicar ao certo qual é a mágica por trás desse mecanismo facilitador, mas por algum motivo é tudo muito excitante. Você entra na página e busca por qualquer coisa, logo aparecem centenas de opções. E você fica lá, vidrado, pensando em quanto tempo perdeu passeando em lojas de verdade, que absurdo “bater perna”, estamos na era do virtual!

Você clica no produto e lá aparece: a descrição, valor, tudo! Faz o login, põem em seu “carrinho de compras”, escolhe a forma de pagamento e pronto. A sua caixa de mensagens recebe uma confirmação do seu pedido e você pode acompanhar todo o processo, desde a confirmação do pagamento até a entrega. Ah, a entrega. Depois de mais ou menos uma semana, aquela caixa de papelão toda enrolada em fita (parece natal) chega a sua casa. Depois de quase se matar tentando (em vão) abrir o pacote com as mãos, você acaba cortando tudo com a tesoura e é ai que encontra: o plástico bolha (acho que o plástico bolha é uma invenção menosprezada, que maravilha é o plástico bolha!)

E agora é assim, volta e meia eu me vejo com 4 ou 5 páginas abertas, pesquisando produtos, preços, sebos. A verdade é que comprar pela internet acaba com os inconvenientes de ir a uma loja. Você pode namorar o quanto quiser um produto pela internet, sem que a vendedora te dê aquele olhar de “vai comprar ou não”, você não precisa evitar a rua da loja na qual passou 3 horas se olhando na frente do espelho, mas acabou não levando o vestido por que era muito fora do seu orçamento.

Dá pra entender? Você não precisa se vestir pra fazer compras on-line: pode estar descabelada, sem maquiagem, tomando café em sua xícara predileta, e se isso não é uma puta vantagem, eu não sei mais o que é. Posso estar parecendo uma daquelas mulheres da qual as pessoas sentem pena, assim como a colecionadora de bibelôs em forma de cachorro. Mas eu desafio qualquer um, a fazer uma rápida visitinha a um sebo on-line ou uma loja virtual. Depois de quinze minutos você vai estar atordoado com a quantidade de coisas que gostaria de comprar. E então você será como eu, e no começo pode até não admitir, mas depois de um tempo terá prazer em assumir que é um comprador on-line compulsivo, louco pelos leilões virtuais e os plásticos bolha. E aí meu amigo, será tarde de mais.


Jéssica Feller
Que mal pode esperar pela entrega do novo livro “Harry Potter”

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Dois pés esquerdos



Há dias em que estamos bem, dispostos, felizes. Não precisa de um motivo em particular, tudo está certo e ponto. O problema é que esses dias são raros e a maioria do tempo eu fico pensando: Posso ir embora AGORA?

Vai ver que só eu me sinto assim, que todos a minha volta adoram acordar super cedo e ir trabalhar, ou ir para a academia, ou fazer o que quer que seja que as pessoas façam. Eu não sou assim, eu tenho preguiça e MUITA. Acontece que eu não tenho escolha e quando tenho de ir.. vou! E as coisas só tendem a piorar.

Quando somos crianças tudo é uma festa e a gente mal pode esperar pra crescer e fazer coisas incríveis. Agora que eu já cresci, tudo que eu queria é voltar a ser criança, dormir até às 10 da manhã e ganhar presente na sexta-feira.

Mas infelizmente não há volta e acreditem : só vai piorar!


Jéssica Feller
que não consegue pensar em nada engraçadinho pra escrever aqui

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sonhos eróticos


Estou de dieta desde os doze anos e isso não é exagero, é a verdade. Tudo bem que durante esse período eu me permiti ser feliz por alguns meses e recuperei tudo o que tinha eliminado. “Não faz mal, daqui a seis dias é segunda de novo e mais uma chance se apresenta.” Acontece que dessa vez eu não vou desistir, nem trapacear. Devo admitir que estou fazendo um bom trabalho, ao menos enquanto estou acordada.

Foi em alguma sexta-feira que depois de comer um clube social de pizza (quase um banquete) me deitei no sofá e adormeci. Demorei exatos três segundos para começar a sonhar, lá estava eu com uma costela assada na brasa (só de lembrar já me arrepio) e aquela gordura. Deus meu, quanta gordura! O pior é que nem gosto tanto assim de costela (prefiro lombo de porco com bacon enrolado).

E assim foram as noites seguintes: tortas, big-mac, sorvetes, empadas. Meu inconsciente comia durante a noite, tudo aquilo que eu me privava durante o dia. Foi então que cheguei ao fundo do poço, sonhei com a tal “Torta Glória” do Café House/BC. Acontece que esse não era um sonho comum, isso era baixaria. Afinal, eu NUNCA comi essa torta na minha vida.

Como se já não bastasse meu “acervo” de guloseimas, eu agora comecei a sonhar com o que minhas amigas comiam. Isso vai além de sentir falta de comida, isso é um problema (e dos graves!). Mas como eu vou controlar minha mente? Não posso me enganar e fingir que maça é chocolate, não dá, não adianta. Daquele dia em diante permiti que a minha mente sonhasse com aquilo que me dá mais desejo: CALORIAS!


Jéssica Feller
Que dorme com o livro “Pense magro” embaixo do travesseiro na esperança de fazer osmose

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Verdades


Passei metade da minha vida observando as pessoas, a outra metade eu gastei falando delas. Mas agora que tenho um blog decidi que vou dividir com o mundo minhas conclusões. Está é a verdade sobre os seres humanos e você não vai encontrá-las em nenhum outro lugar.

1- Todo baixinho (a) é folgado.
Não adianta, todo baixinho (a) é, e não pode negar. È como se eles compensassem a falta de centímetros sendo extremamente inconvenientes e abusados. Observem, em todas as brigas, discussões sem fundamentos e escândalos vergonhosos há no meio um baixinho (a). E pode ter certeza, se não foi ele que começou não será ele que vai apartar.

2- Todo ex-gordo é chato.
Quando as pessoas perdem muito peso elas tendem a descobrirem um “novo eu”. Esse “novo eu” não tem tempo para os amigos gordinhos, o “novo eu” ama contar calorias, usar saias curtíssimas, pintar o cabelo de loiro, dançar até o chão e ficar com todos os que aparecerem pela frente.

3- Não se pode confiar em quem não bebe.
Me dê bons motivos para não se beber? Qual é o grande problema da cerveja, do vinho, dos driks? Afinal, qual é o seu medo? O que você esconde? O que é que você não quer que ninguém mais saiba que te faz preferir ficar sem o álcool? Admitam, não é normal, natural ou social não beber. É por isso que não se pode confiar em quem não bebe.

4-Há dois tipos de pessoas: as que são legais e as que não fumam.
Existe algo mais chato do que não fumante? Sim, o ex-fumante. Pessoas que vão para barzinhos, baladas e afins e ficam a noite inteira enchendo o saco dos que estão fumando. “Nossa que cheiro”, “Isso mata”, “Cuidado com a fumaça”. Pior mesmo é só quando elas simulam uma tosse e olham torto. Não bebe, não fuma, não se diverte... VEIO FAZER O QUE AQUI?...



Jéssica Feller
Que evita: pagodes, vigilantes do peso e todos os outros lugares de maior circulação dos citados acima.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

O segredo



Estávamos sentados no restaurante, é inevitável que depois de alguns drinks as pessoas comecem a reclamar. Reclamamos de tudo, estar acima do peso, não ter um bom emprego, não ter namorado. Eis que dois dos meus amigos presentes não tem mais problemas. Sim, eles descobriram o poder da visualização. Como? Simples ,ambos leram o livro “O Segredo”.

Agora você deve estar com aquela cara de quem não acredita no que está lendo, mas tudo bem. Eu admito que demorei para engolir a história. Mas depois de 3 mojitos e algumas tequilas eu já estava visualizando tudo e mais um pouco.
A questão não é se você leu, lerá ou não quer nem ouvir falar no livro, o que me deixa sem sono a noite é : O que é necessário para mudar sua vida?

Todo mundo espera por alguma coisa, algo que mude drasticamente sua realidade. Pode ser um amor, um emprego, uma viagem, um carro. Não importa. Todos estamos na espera. Não há nada de errado em desejar as coisas, mas o que me assusta é o pensamento que surge no meio da noite, aquele que me tira o sono, aquele que me faz comer as unhas dos pés e das mãos (exagero).E se (e tenho até medo de escrever isso) nada acontecer? Se nada daquilo que eu espero, cruzar o meu caminho?

É por essas e outras que eu admito, vou ler o livro. Não sei se por curiosidade, se por ser cínica de mais ou se eu simplismente preciso calar de uma vez por todas a voz na minha cabeça que duvida. E muito!

Jéssica Feller
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O estrado da situação – parte II

Depois de passar semanas remoendo o repentino “declínio” da minha cama, resolvi de uma vez por todas que iria dar um fim a essa situação.

Decidida, entrei na loja de colchões no shopping, onde fui atendida prontamente uma colega de faculdade. Perguntei o preço de uma dessas camas novas, sabem? Essas que tem molas, sem estrado, como se fosse um colchão em cima do outro. Enfim, ela me disse o valor (meio salgado, devo admitir) mas eu estava disposta a tudo, tudo para me livrar dos “julgamentos” da minha velha cama.

Me aproximei da mais nova “candidata” e como boa brasileira, sentei bem de leve no lado direito, foi então que tudo veio a baixo. E quando eu digo a baixo, eu quero dizer que a cama levantou e quase partiu minha cabeça ao meio.
Fiquei com aquela cara de “isso é normal?”, mas não precisei perguntar. Disfarçando a risada a atendente me disse que nunca viu nada daquilo, que provavelmente o pé estava quebrado. Chega, eu já tinha visto demais. Saí de fininho da loja, antes que mais um desastre acontecesse.

No caminho para a casa tudo ficou mais claro, o problema era comigo. Eu e não a cama! Por mais que tudo aquilo não fizesse sentido, eu fui obrigada a rir de mim mesma e fiquei pensando se alguém iria acreditar que aquilo havia acontecido. Mas, esse não é o caso, afinal há testemunha e ela estuda comigo.
Para resolver a situação eu deveria ir à raiz do problema e foi exatamente isso que fiz.

Minha mãe levou dois minutos para “convencer” meu pai a arrumar o estrado.
Já faz quase três semanas que eu e minha cama fizemos as passes e eu tenho de admitir, por pior que seja dormir em cima de um buraco, é muito melhor do que ser atirada pelos ares.


Jéssica Feller
que está pensando seriamente em dormir em um colchão no chão, onde nada pode lhe ferir.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Parabéns para mim!


Durante muitos anos da minha vida eu recebi em meus aniversários inúmeras surpresas. Tudo bem que não eram tão “surpresas” assim, começava uma semana antes do dia 25 de setembro, bilhetes na sala de aula, cochichos e comportamentos um tanto “estranhos”. Suas amigas inventam uma histórinha qualquer para te levar na casa de determinada pessoa depois do treino de futsal ou para Balneário em um domingo a noite. Você suspeita logo de cara que algo está por vir, mas não fala nada afinal, é falta de consideração com as pessoas que estão planejando algo especial para você.

É claro que no fim as coisas nunca saem como planejado, você chega 5 minutos antes e as pessoas ainda estão na sala pendurando balões, a amiga que iria ceder o apartamento sumiu com o ex-namorado ou alguém deixa escapar que todos os seus amigos e familiares estão atrás daquela porta. Essas situações fazem parte de qualquer “surpresa”. Nada disso nunca diminuiu o valor dos planos mirabolantes dos meus amigos, eu sempre fiquei muito contente em saber que as pessoas querem fazer do meu aniversario um dia fora do comum.

Esse ano eu entro para a casa dos 20 e devo dizer que durante essas duas décadas, nenhum presente supera o fato de que as pessoas que eu mais gosto e considero tiraram um tempinho para me ver, mandar um e-mail ou telfonar. O melhor de qualquer festa ou comemoração é ter aqueles que você ama ao seu lado, mesmo que depois de algumas cervejas eles comecem a contar aquelas histórias que ninguém deveria lembrar (ninguém além da sua consciência).

E como hoje é dia 25 de setembro nada mais me resta a não ser esperar para ver quem irá esquecer do meu aniversario, para que assim eu possa da próxima vez que nos encontrarmos, fazer aquele dramalhão mexicano, que sempre vem seguido de um pedido de desculpas e um coquetel compensador.

Amor na fila


Eram cinco horas da tarde de alguma sexta - feira, quando após terminar a digitação de um documento, me deparei com o relógio e descobri que faltava apenas uma hora para ir para casa. Meus olhos seguiram a direção da porta do meu trabalho e encontram tudo o que queriam ver.:o garoto da fila do Banco do Brasil( pode até parecer estranho, mas eu sempre conheço homens nos lugares mais improváveis).
Eu já estava quase ficando sem esperanças, mas algo me dizia que eu iria vê-lo novamente. Notei que ele olhou para os lados, procurando algo ou alguém, resolvi me levantar e ir até ele. Embora minhas pernas estivessem tremendo e meu coração batendo acelerado. Disfarcei, peguei um copo de água e puxei assunto com a senhora que da limpeza. Foi quando o amigo dele reconheceu a minha voz e disse:
- Olha quem esta aqui!
e eu respondi (com a maior cara de surpresa)
-Nossa! Quem é vivo sempre aparece (clichê, eu sei, mas no momento foi tudo que conseguir pensar)
Conversamos um pouco, até eles decidirem tomar o café que eu havia feito, ele prontamente respondeu que sim, quando o seu amigo perguntou se eu já poderia casar.
Fomos até o atendente, onde eles se apresentaram, e foi então eu soube :aquele era o homem da minha vida. Pois ninguém mais poderia, na face da terra, ficar encantada com um homem na fila do banco, cujo o nome é *** , afinal meu histórico de nomes estranhos é grande, mas esse supera qualquer um.
Como eles estavam com pressa logo se despediram, mas na porta ele me olhou e disse que voltará. E assim se foi, sem ao menos saber meu nome.


Jéssica Feller
dedica esse texto a todos os amores para toda a vida, que só duram uma semana

O corpo


Quando as primeiras lágrimas começaram a cair, já era tarde de mais. Tudo aquilo que fora reprimido por tanto tempo, encontrou o caminho para fora. Procurou entender porque deixara se abalar pelo passado, mas eram tantas as questões em sua cabeça que não conseguia pensar em nada, nada além de sua dor.

Jogou-se no chão e permaneceu lá, esperando que alguém aparecesse e a consola-se. Ninguém veio. Correu para o telefone e discou o único número que sabia de cabeça, mas não foi atendida. Aos poucos os murmúrios transformaram-se em soluços, e só pensava em como queria ter alguém ao seu lado. Só havia silêncio.

Sua dor foi abafada pela falta de ar, pela falta de esperança, pela falta de um motivo.Tudo ficou claro, mas ela permaneceu ali, no chão, sozinha no escuro até que o ultimo sopro de vida se fosse. Levantou-se como outra mulher, não era mais uma garota, não era mais fraca e iludida. Era apenas um corpo inabitado por uma alma.

24/06/2006

O estrado da situação


Já faz uma semana que eu senti que algo estava errado, nunca na minha vida eu tive tal problema. Eu já ouvi várias histórias sobre problemas na cama, mas comigo foi a primeira vez.

Era uma dessas noites qualquer, cheguei da faculdade, entrei no quarto e apaguei a luz, selecionei algumas musicas no play list do pc e me joguei na cama.
Naquele momento eu senti que algo estava muito errado. Bem ali do meu lado da cama, onde eu me deito toda enrolada no edredom, com meu pijama de ursinhos e meias de fadinhas. Bem ali, havia um declínio.

Agora, toda noite fico com medo que o estrado vá ceder e começo a me imaginar no chão, toda enrolada entre a madeira, o edredom e esperneando com as meias de fadinhas.
Toda essa situação me fez pensar, será que meus quilinhos a mais estão passando dos limites do “suportável” ou será que quando você tem uma cama de casal é necessário que duas pessoas durmam nela para “equilibrar as coisas”?
Será possível que a minha cama esteja exigindo que eu faça dieta ou arrume um namorado?

Pode parecer estranho que um pequeno pedaço de madeira faça tanta confusão, mas é na cama que você passa grande parte da sua vida. É nela que você fica virando de um lado para o outro pensando no que tem que fazer no dia seguinte, é ela que te proporciona uma boa noite de sono mesmo que esteja super frio, é nela que você vê aqueles filminhos água com açúcar comendo sacos e sacos de doces que comprou na Americanas, é nela que você se refugia quando não quer levantar de jeito algum.
Quando você tem problemas na cama ou com a cama, é difícil não pensar: sou eu ou o estrado?

J. M Feller
que agora dorme bem no meio da cama

Escapes


Eu sou uma dessas garotas que não se satisfaz facilmente, eu compro uma nova bolsa a cada três meses, não consigo me controlar diante de uma loja de sapatos e acabo sempre comprando os mais altos que sempre me fazem calos e bolhas mas, ficam lindos com os vestidos que compro em cinco vezes (sem juros).

Todo mês eu compro uma nova bijuteria, pode ser uma anel, um brinco ou uma corrente mas, todo mês eu compro.Faz parte do meu ritual compensador: eu trabalho, me estresso, choro, juro que vou estrangular alguém. No fim do mês quando eu recebo ao invés de cumprir minha promessa eu compro algo que me faça sentir bem (por pelo menos uns cinco segundos). É claro que seria muito saudável sair gritando pelas ruas que a minha vida é uma merda (ao menos sairia mais barato), mas eu prefiro evitar o constrangimento e acabo estourando minha conta bancária.

Agora enquanto eu olho para minhas duas gavetas cheias de brincos, grandes, pequenos, com pedras e miçangas eu fico pensando em quanto eu preciso de um psicólogo.Cada vez que alguém elogia algo que eu estou usando, eu poderia dizer: “Muito obrigada, esse foi meu consolo por não agüentar minha gerente berrando comigo” ou “Comprei para esquecer que tirei um três na prova de foto-jornalismo”, mas as pessoas não precisam saber de todos os detalhes da minha vida. Se elas soubessem eu com certeza não teria mais amigos e nunca mais beijaria na minha vida.

As pessoas sempre se escondem atrás de máscaras, umas contam piadas, outras bebem de mais, e algumas compram coisas inúteis (como uma certa bolsa rosa que só cabe um gloss e nada mais).Faz parte do ser humano essa fuga, essa tentativa de fazer as coisas parecerem melhor, é claro que na realidade não ajuda em nada mas, eu tenho de admitir as vezes tudo o que você precisa é um gole de café, umas boas risadas e uma sandália magnífica pra se sentir um pouco melhor.


J. M. Feller
Que hoje se controlou e só comprou as argolas e não o conjunto todo.

Finalmente uma dataque eu posso comemorar!


Se você é solteira sabe bem do que estou falando. Quem de nós (as sem-namorados) não teve que passar a semana que antecede o Dia dos Namorados ouvindo os grandes planos de seus amigos?
Você (ingenuamente) acha que por não ter “alguém” em sua vida, não precisa opinar nos presentes, cartões e jantares. Está enganada! E não importa quantas caras feias você faça, eles ainda perguntam: “alianças ou um porta-retratos?” (Oras, o porta-retratos, afinal se um dia a relação terminar ao menos você ainda pode usá-lo).

Mas você, com toda a sua paciência, apenas sorri e acena com a cabeça. Ao menos assim, se um dia eles terminarem, seu amigo não pode dizer que foi seu “olho gordo”. Sim, os “comprometidos” acham que nós temos ciúmes deles, que ser solteiro é uma condição (quase uma sala de espera para o próximo relacionamento).

É claro que a vida não é como em Sex and the City. Sejamos honestas, você não vai para a balada quatro vezes na semana, não é todo dia que seu cabelo está o máximo, o esmalte da suas unhas lasca e não é sempre que você fica com um cara super bonitinho e interessante. Mesmo assim eu me nego a pensar que somos caso de pena e não acredito que minha vida seja vazia por não ter um homem ao meu lado.

Mas hoje não é dia para pensar nos detalhes. Hoje é dia de fazer a sobrancelha, botar aquela roupa e comemorar junto aos seus amigos solteiros, que assim como você não estão cheios de drama em suas vidas. Por que ser solteiro não é uma condição, é um estado.


J. M. Feller
Que um dia quer ser como a Carrie Bradshaw de Sex and the City


* Esse texto foi feito especialmente para o blog : http://peganomeu.wordpress.com/

Apesar de tudo

Durante nossa existência todos nós passamos por crises, eu atualmente estou sofrendo da famosa crise dos vinte anos. Se alguém a sete atrás me pergunta-se como a minha vida seria aos vinte, eu diria sem hesitar, que ela seria maravilhosa.

Eu provavelmente estaria errada sobre quase tudo, para mim a vida deveria ser como uma propaganda de maquiagem, rodeada de amigos sorridentes e com um lindo namorado ao meu lado. Mas, as coisas nem sempre são como se planeja.

Recentemente eu perdi um grande amigo, a partir daquele momento eu soube que aquela fantasia, que ainda vivia em algum lugar da minha mente, nunca mais poderia ser a mesma. Eu tive de aceitar a minha realidade e aprender a lidar com ela: eu não posso carregar meus amigos embaixo dos meus braços para que assim eles nunca caiam ou se machuquem. Eu não posso evitar que às vezes eu seja machucada e que minhas ações machuquem outras pessoas.

Tudo isso pode parecer óbvio para alguns, mas eu levei um considerável tempo para entender que a vida não deve ser tratada tão friamente e que o cinismo não leva a nada além de boas tiradas. Hoje, depois de um ano e alguns meses pela primeira vez, eu me senti eu mesma. Pude chorar sem me sentir culpada pela perda de um amigo, eu pude me perdoar por não ser uma amiga mais animada, por ficar reclamando o tempo todo, eu pude entender porque eu estou sozinha a tanto tempo.

As coisas ficam bem mais claras quando conseguimos nos aceitar pelo que somos: seres humanos. Apenas pessoas que comentem erros, mas que ocasionalmente também acertam. E não importa o quanto as pessoas tentem te fazer ver isso, você só vai entender quando estiver pronto.

Bingo!


Recebi um telefonema durante meu rápido horário de almoço, era minha avó. Com uma voz doce ela pergunta se quero ir ao bingo da igreja, eu digo que vou pensar...
Penso e decido ir afinal, passar algum tempo de qualidade com ela é sempre bom. Um dia antes do evento na paroquia, ligo para ela e pergunto que horas devo passar para pega-la, ela me responde que não gosta de bingo e que não vai. Então eu reflito no que faria a minha vó pensar que eu gosto de bingo.
Talvez ela pense que eu eu goste da emoção de ver as bolinhas serem sorteadas ou de brindes que são no mínimo inúteis para mim (como bicicletas, panelas de pressão e ferros de passar roupa) ou ainda de pastéis de igreja. De fato fui pelos pastéis.
Depois de dois (um de carne e um de queijo com presunto) comecei a me animar com o jogo, foram trinta e três rodadas, fiquei pela "boa" três vezes mas, não ganhei nada. Bingo é como carteado, eu nunca ganho, mas nunca recuso um convite.

domingo, 26 de agosto de 2007

Geração coca-cola com vodca

Esse texto inicialmente seria publicado na segunda edição do jornal "Folha Universitária". Como essa edição nunca veio...

As gerações são de alguma forma caracterizadas, estereotipadas.
É dessa forma que lembramos das gerações que nos antecederam, e que um dia seremos lembrados.
Todas tem algo em particular , assim que ouvimos um fato ou um termo já assimilamos de que época,de que geração estão falando .
A que nos antecede ,”geração cola-cola “, já foi muito bem descrita por Renato Russo, cabe agora classificarmos a nossa. Talvez uma boa opção fosse “ geração coca-cola com vodca”.
Sim, temos muito acrescentado ao nosso tempo.,mais possibilidades, informações, liberdade.Porém a real diferença entre a “ com vodca”, é a falta de movimentação ,de vontade. Ou seria de excesso de conformismo?

Lembro-me das aulas e filosofia em que minha professora , coitada, tentava nos inspirar de alguma forma com os grandes feitos dos antepassados.
Falava de Joana D´Arc e seu grande exemplo como mulher que desafiou a todos, mais principalmente a igreja católica, que a condenou a fogueira e depois a canonizou.
Citava as grandes idéias de Sócrates, que foram descritos por seu discípulo Platão, e depois foram o motivo de seu julgamento e morte. Nada disso adiantava.
Os alunos não se interessavam pelas histórias de alguém que não fez nada mais, criativo, digamos assim.
A verdade é que o grande problemas dessa geração é a facilidade das coisas, o que foi motivo de luta e morte para uns, hoje é esquecido por aqueles que são beneficiados por seus feitos.

Somos muito bons ,no entanto, em clamar por liberdade, não no sentido utópico, é claro. Liberdade hoje é sair da sala de aula quando se bem entender, poder dirigir, sair a noite sem horário, e coitado daquele que nos contradizer.
Usufruímos de direitos que não foram conquistados por nós,mas não temos a capacidade ou a vontade, de exigir os nossos direitos. Ao contrário assistimos calados a tudo que nos fazem ou falam, seja em nossas casas, escolas, trabalhos, política, país.

Então lanço a pergunta, a luta de todos aqueles que foram linchados, condenados e mortos valeu a pena? Hoje temos direito ao voto, independente de nossa classe social, cor ou sexo. O casamento que antes era tido como um negocio, hoje já não é tratado da mesma forma, muito pelo contrário.
Não temos uma censura rigorosa que nos proíbe de ler, ouvir ou discutir certas coisas. Em nossas mãos temos uma realidade pronta para ser mudada, temos os caminhos, as armas, e ao contrário do que muitos dizem o problema não é que não sabemos usa-las, mas que o caminho mais fácil é deixar as coisas como estão.

Ou será que por termos tanto, acabamos perdendo o gosto pelas lutas e pelas mudanças?

A paz

É sábado, caminho lentamente pelas ruas de minha cidade natal, há pouca movimentação. A chuva fina molha aos poucos meus sapatos. Enquanto me aproximo do destino, ouço passos que não são meus, é uma passeata pela paz. Uma silenciosa manifestação de quase cem pessoas. Continuo andando pensando em um bom motivo para não estar no meio deles, prossigo em meu caminho. Na volta para a casa a chuva aumenta mas não abro o guarda-chuva, continuo só com a passeata pela paz. A minha paz.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Objetivos


Todos os dias somos questionados, até onde iríamos para realizar nosso sonhos? Até onde vamos para conquistar nossos objetivos? Para os jornalistas é freqüente ouvir : o que faria por uma boa pauta, fonte, furo. Para o foto-jornalista não é diferente.

Enxergar o mundo através da lente pode parecer fácil, mas assim como no jornalismo a fotografia exige paixão e comprometimento. A “magia” que câmera proporciona faz com que se tenha vontade de guardar cada fragmento de uma paisagem, construção, momento. Por vezes as fotos vão além de meras lembranças, elas se tornam símbolos, fazem história. Para que o mundo tivesse conhecimento do que aconteceu nas guerras foi preciso que alguém se arriscasse, essas pessoas armadas somente de câmeras e filmes ultrapassaram limites físicos e emocionais.

Talvez seja muita pretensão dizer que eu também me arriscaria dessa forma para tirar uma fotografia. Minhas aventuras por trás das lentes se resumem a andar em um teleférico em cima do Vulcão Osorno no Chile, embora o clima estivesse congelante foi o medo de altura que quase me impediu. Mas quando se está diante de tamanha beleza, é necessário deixar alguns medos para trás, se segurar com uma mão e com a outra apoiar a câmera.

Depois que a teoria não é mais uma barreira e a prática for dominada, não imagino grandes empecilhos para uma boa fotografia.
É claro que só posso ter certeza disso quando estiver diante da situação, é somente no momento que você sabe até onde é capaz de ir para tirar uma foto.

Tenho certeza de que se as barreiras forem uma longa viajem, uma subida íngreme ou até mesmo grandes alturas, eu estarei mais do que disposta a ultrapassar meus limites. Tendo sempre em mente que "As coisas das quais nos ocupamos, na fotografia, estão em constante desaparecimento, e, uma vez desaparecidas, não dispomos de qualquer recurso capaz de fazê-las retornar. Não podemos revelar e copiar uma lembrança.” (Henri Cartier-Bresson) Um momento de hesitação pode significar que aquela imagem está para sempre perdida, e talvez para um foto-jornalista essa seja uma das piores coisas que possa acontecer.
Jessi M
que sonha em um dia bater grandes fotos


Jornalismo cidadão

O mundo virtual hoje não é mais um escape do “mundo real”, ele é uma extensão.
Esse “novo mundo” é cheio de facilidades e de informações, ele permite uma aproximação não só entre os seres humanos mas, também que cada um de nós possa usufruir de ferramentas que antes só estavam disponíveis a um seleto grupo.
Esse poderoso meio de comunicação chamado internet, admite que todas as pessoas tenham acesso a qualquer informação que seja publicada e indo além, ele pode transformar qualquer indivíduo em um comunicador.

No “jornalismo cidadão” a pessoa que tem acesso a uma câmera digital, a um celular que bata fotos e que esteja conectado a internet, pode pautar matérias e informar como um profissional da área. Se antes a participação do leitor, telespectador e ouvinte se limitava a cartas, ligações ou a responder alguma enquête, hoje eles podem se tornar os próprios agentes comunicadores.
Essa prática está cada vez mais sendo incorporada aos grandes veículos de comunicação impressos, que dão ao leitor espaço para mandarem fotos, vídeos e textos. Por mais que pareça maravilhosa tal liberdade ficam no ar alguns questionamentos.

O primeiro e o mais obvio é: onde ficam os jornalistas nessa história? Para alguns o papel se limita a filtrar e corrigir os textos e informações, outros como Sérgio Murillo Andrade, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) defendem que “O jornalismo deve ser feito por jornalistas. Essa modalidade não exclui a responsabilidade do jornalista sobre aquilo que será publicado.”

Esta talvez seja uma das questões mais graves, a da responsabilidade junto à publicação, no Brasil não existem leis especificas para o conteúdo da internet, sendo assim eu posso dar qualquer informação sem que essa seja questionada. A veracidade das notícias não é checada como nos outros meios de comunicação. Como você pode então confiar no que esta lendo? Como pode ter certeza da real autoria de um texto, notícia ou imagem?

Essa transformação porém, pode servir como um incentivo a discussão e reflexão por parte dos cidadãos que agora não estão somente absorvendo informações mas, que também participam da mídia. Os jornalistas não são apenas comunicadores da realidade, mas fazem parte de um grupo modificador. A tentativa de atrair o publico e lançar questionamentos talvez nunca tenha sido tão bem sucedida. Cabe aos jornalistas não só corrigir textos e filtrar informações mas, serem mediadores das discussões e questionamentos levantados por ambas as partes.

Textos base: “Nós a mídia”-Revista Imprensa n° 222 – Abril, 2007
“O que é o virtual” de Pierre Lévy (págs 147 a 150)