quinta-feira, 8 de novembro de 2007

As diferenças nossas de cada dia



Três amigas conversam sobre seus últimos “perrengues” com suas mães, ao se despedirem a conclusão é unânime: mãe é tudo igual. Mas isso não basta. Frases generalizantes no estilo: “homem é tudo igual”, “... só muda o endereço”, não servem para nada. Apenas para fazer com que a gente se sinta melhor, sabendo que por aí há pessoas passando pela mesma situação. Mas será verdade? Somos todos iguais?

Em uma sociedade onde tudo parece ser “programado”, será que estamos lutando para sermos deferentes ou tentando alcançar um lugar em meio a tudo isso? O que parece melhor: ser diferente ou pertencer? Não sei exatamente da onde vieram esses pensamentos, acredito que seja de uma vontade enorme de acreditar que todos somos seres individuais e singulares, que não podemos ser comparados nem mesmo uns com os outros.

Parece fácil não é mesmo? Todos os homens podem ser insensíveis, cretinos,traidores, afinal “são todos iguais”. Qual é o conforto que a igualdade nos traz? Por que sempre estamos tentando nos encaixar em um ou outro lugar? Existem mesmo categorias onde todas as pessoas pertencem? E se existe, quem as criou? Quem julga?
Não consigo parar de pensar que ao tentar ser diferente estou cada vez mais sendo igual a todos os outros...

Jéssica Feller
que não possui todas as respostas, mas definitivamente todas as perguntas

4 comentários:

Douglas Tedesco disse...

Saudações,
É isso mesmo Kirsten, por meio de diferenças, detalhes no comportamento, roupa, gestualidades, queremos é pertencer e não diferir..
bjus, linda sua linha de raciocínio, a homenagem é mais que merecida pela semelhança logicamente, e pelo talento na escrita.
Até!

Lilian Philippi disse...

só vou te dizer uma coisa..
não entendi.

bjoss jéssi
te amo amigaa

Douglas Tedesco disse...

Ei, garota!
Maru jane desça desta teia, e post um texto novo, estou esperando, hehe,
bju, ateh!

Guilherme disse...

Comentando mais um post antigo...
Acostumei-me à idéia de que ser diferente, não ceder a pressões sociais, não fazer o óbvio apenas por ser o que esperam de mim, e principalmente não deixar que me ditem o que pensar, como agir, vestir e viver.
Toda essa (agora sem aspas - vide comentário há alguns posts atrás) liberdade gerou problemas ao conviver com as pessoas ao meu redor - as próximas e as distantes -, já que eram elas também a esperar de mim o que a sociedade dita como correto, bonito, bom e ruim.
A mera idéia de ceder, de me adaptar, me dá calafrios e vai de encontro ao que tenho por princípio de vida; mas a conseqüência dessa autenticidade é cruel, e por vezes me pego pensando se não seria hora de aceitar os padrões e segui-los sem questionar muito...
Sigo indeciso, mas se você tiver alguma resposta eu gostaria de ouvir! :) Ou ler né, já que nem nos conhecemos...

[ Falando um pouco do conteúdo específico do post, o fato é que a mesma mãe que fala para a filhA que "homem é tudo igual", incentiva o filhO a ser mais um "igual"... O ser humano é treinado para a solidão, mas o coração nunca está pronto para aceitá-la. ]