quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O grande prêmio

Nós mulheres passamos a nossa vida elaborando desculpas para os homens. Foi o que nos ensinaram a fazer desde pequenas, sua mãe inventava desculpas pelo seu pai, sua avó pelo seu avô e assim por diante. Mas na verdade o que estamos fazendo é inventando desculpas para nós mesmas, nós sim precisamos viver o perfeito conto de fadas para sermos felizes. Eu tive alguém em minha vida, alguém que me amava pelo que sou. Alguém que respeitava meus desejos e sonhos, perdoava meus defeitos e me beijava até eu não sentir mais meus lábios. Por todo o tempo que estivemos juntos eu me julguei sortuda, eu era uma das poucas premiadas com o relacionamento perfeito.

Ele me acompanhava a todos os lugares, me esperava depois da aula mesmo tendo de acordar cedo no dia seguinte, gostava dos meus amigos, me mandava mensagem no meio da tarde apenas para dizer que pensou em mim. Eu vivia uma das verdadeiras histórias de amor, daquelas que você ouve falar e pensa: Como eu queria que fosse eu.

Quando faltavam dias para ele partir, para o desconhecido, para uma nova fase, para outro país, eu decorei cada centímetro do seu rosto, o cheiro do seu cabelo, o gosto de sua boca. Ainda o fiz prometer que ele voltaria para mim, que juntos viveríamos todos os planos que por diversas vezes imaginamos. Ele seria meu novamente e eu seria dele para sempre. Por sete meses eu fui a perfeita mocinha de um romance, agonizei de saudades, enlouqueci com ciúmes, contei os dias até a sua volta. Logo eu seria novamente a heroína de meu próprio livro, a princesa que finalmente encontra seu príncipe, eu voltaria a ser a premiada.

E então ele voltou, não para mim, mas para o país. Aqui está ele, meu príncipe, meu amor, há apenas alguns poucos quilômetros de distância, mas por algum motivo que eu não consigo entender, ele não está comigo. Eu poderia inventar desculpas, analisar cada momento, cada e-mail, cada frase dita nesses últimos meses. Mas nada mudaria o fato de que ele simplesmente não me ama mais. E essa é a verdade, nada mais do que a verdade, sem desculpas.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Relações velhas X novas

Quando cometemos um erro juramos a nós mesmos e aos outros que nunca mais o repetiremos. É uma dívida com nosso bem estar: não se deixar enganar duas vezes, conseguir detectar uma má situação, etc, etc ,etc.

Por muito tempo eu achei que havia conseguido manter minhas promessas, principalmente quando se trata de homens e seus artifícios, seus jogos, suas meias palavras. Recentemente uma amiga me disse que os homens devem ser julgados por suas ações e não suas palavras, segundo ela as mulheres por natureza falam tudo o que sentem. Os homens não.

Meu grande medo com o passar dos anos e dos diversos relacionamentos fracassados, foi me tornar cética. E devo admitir passei muito perto, ao ponto de quase não enxergar algo verdadeiramente bom. Mas o fato é que agora, nesse exato momento não consigo distinguir se estou ou não de volta aos velhos erros.

Quando se trata de relacionamentos devemos escutar nosso coração ou razão? Será que todas as situações pela qual passamos são sempre as mesmas, apenas mascaradas de outra forma? E se forem... elas sempre terminam da mesma forma?

Jéssica M. Feller
que não consegue parar de se torturar

domingo, 26 de abril de 2009

Ela passa...

A vida passa arrebatadora e nem sempre justa, mas ela passa. Algumas pessoas escolhem fazer parte de nossa história e permitem estarmos presentes nas suas, já outras preferem nos excluir. Não faz mal, a vida passa mesmo assim.
Compartilho de sorrisos e lágrimas daqueles que não são próximos a mim e por vezes vejo os que amo se distanciando cada dia mais. Talvez faça parte do processo de viver ou quem sabe seja apenas resultado de algumas escolhas mal pensadas.
Sussurro palavras ao vento e espero que a pessoa certa às escute, muitas vezes quem responde não é exatamente quem esperava, mas este é o curso da vida e muitas vezes somos deixados para trás. É um caminho lento, esse de viver, mas não importa o que aconteça a vida passa.
E com tudo isso esperava ao menos algumas lágrimas, mas parece que meu corpo não cede a expressões de dor, minha alma já está conformada ...
Agora só falta dizer adeus!