sexta-feira, 25 de julho de 2008

Apenas uma peregrina

Certa vez me disseram que admiravam meu desapego as situações, lugares, pessoas. Essa postura supostamente me impedia de sofrer por perdas ou mudanças. Não me classificaria como “desapegada” ou indiferente. Simplesmente entendo a dinâmica de que situações terminam, para outras começarem. É o fluxo da vida e nada posso fazer para impedi-lo ou retardá-lo.

Permito-me passar o tempo necessário de “luto” pelos finais e mudanças que ocorrem. É preciso sentir a dor do fim para iniciar em outro caminho. Tenho raízes aéreas e entendo que nenhuma pessoa pertence a outra, e ninguém pertence há somente um lugar no mundo.

Considero-me uma cidadã do mundo, com todo o direito de ir e vir, de seguir em frente e buscar e de voltar atrás quando parece-me apropriado. Lembro-me com nostalgia de despedidas e finais, mas não me arrependo das escolhas que fiz, nem mesmo das erradas. Olho para o longo caminho que ainda vou percorrer e sinto um misto de excitação e tranqüilidade. As oportunidades se apresentam a nós quando estamos prontos para reconhecê-las.

Jéssica Feller
apenas mais uma peregrina nesse mundo

Presentear é bom..



e eu gosto! por isso...

Contos no papel
Não conhece? Eu te apresento.
Morar sozinho

nota da autora: Infelizmente não pude presentear os blog´s Essência no ar e O diário de Marin Jones pois elas já possuem esse selo, mas vale a lembrança e a dica aos blogueiros de plantão.

domingo, 20 de julho de 2008

A verdade liberta

Hoje todas as minhas máscaras foram retiradas. Todos os meus segredos, meus sonhos, minhas mentiras foram reveladas. Despida sob o ar, vi minhas idéias e utopias serem expostas, julgadas e discutidas.

Não mais escondo-me embaixo de minha capa. Vulnerável sem meus adereços: minhas difamações, minha maquiagem, que tão discretamente escondiam meu ser. Arrancaram meu véu e sem ele não sou a mesma.

Deparo-me desnuda, diante do espelho. Tão frágil e absurda! Apenas um eu, um ser infame e comum que por trás de crenças e hipocrisias se fazia passar por gente. Sem minhas fábulas não mais me reconhecia e descobri que agora, todas as calunias levianas, toda ilusão da qual vivia e a máscara na qual me escondia, já faziam parte do meu ser. Alguém que não conheço.