sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Refém

Ontem à noite enquanto eu tomava um banho relaxante, uma barata entrou por baixo da porta. Fiquei estarrecida com aquela presença indesejada. Sim, eu sou uma dessas garotas frescas que odeiam baratas e aranhas, que dão gritinhos e sobem em cadeiras. Acontece que a porta estava trancada, ninguém poderia vir me socorrer, eu era uma refém.

Dentro do box, acompanhei com os olhos enquanto ela entrava no tênis do meu irmão (bem feito quem manda deixar tudo jogado), subir pelo armário de toalhas e por fim, se dirigir a pia. Percebo que o pote onde guardo minha escova e creme dental está aberto. Que aflição! Bem que a minha mãe diz: “Fecha esse pote guria, um dia uma barata vai passar por aí!” (odeio o fato de que minha mãe sempre tem razão).

Quando meus dedos já estavam murchos, eu decidi tomar uma atitude. Fechei o chuveiro, me enrolei na toalha e devagarzinho saí do banheiro. Voltei munida: inseticida em uma mão e na outra o tênis do meu irmão (quem manda deixar tudo jogado). Depois de alguns minutinhos de hesitação ela estava sendo jogada no lixo, junto com minha ex-escova de dente, ex-creme dental e ex-pote. Tudo bem que eu não a vi passar por ali, mas do jeito que a minha mãe tende a estar certa, eu achei melhor garantir!

Jéssica Feller
que viu uma barata "daquelas bem gordinhas"

3 comentários:

Lilian Philippi disse...

adoreiiiiiiiiiii!

muito legal o texto. mto tu!
hahaha

bjoo

julio garcia disse...

Parabens moça. realmente barata é um animal feroz, tem razão em ter medo. Você escreve de uma maneira que eu pude te ver enrolada na toalha em pânico. Você ta indo muito bem. Parabéns mesmo.

Ana Paula Laux disse...

engraçado, rs... eu tb odeio baratas!