domingo, 14 de outubro de 2007

1° passo: admitir que tem um problema

O post de hoje é quase uma confissão. Uma confissão sobre o meu mais novo prazer culposo. Digo isso por que desde os primórdios prazer vêm associado à culpa, coisas da Igreja Católica. Enfim, todos sabem (e se não sabiam, estão agora) que eu sou viciada em Sex and the city. Mal pude me conter quando soube que as temporadas estavam sendo vendidas nas bancas (algum tipo de golpe promocional da revista Contigo!) Acontece que os fascículos só foram até a 2° temporada e isso é claro, não é satisfatório.

Eis que eu tive de buscar novas alternativas para completar a coleção (o seriado teve seis temporadas). Fui apresentada então as compras on-line. Confesso que no começo eu não me senti muito a vontade, acho que foi por que vi um documentário sobre uma mulher que colecionava cachorros, ou melhor bibelôs em forma de cachorros, e os encontrava pela internet . Aquela imagem me aterrorizava, mas no fim acabei cedendo.

Durante duas semanas eu fiquei satisfeitíssima em ver a coleção completa em minha estante, mas acabei sentindo um enorme vazio ao concluir que agora não há mais nada para comprar. Veja, se eu morasse nos EUA poderia encomendar camisetas, roupão e até mesmo copos de Sex and the city, infelizmente a HBO não disponibiliza esses produtos para os brasileiros.

Mas meu prazer (culposo) vai além da série, aliás, ela foi apenas uma desculpa para entrar no perigoso território das compras virtuais. Não sei explicar ao certo qual é a mágica por trás desse mecanismo facilitador, mas por algum motivo é tudo muito excitante. Você entra na página e busca por qualquer coisa, logo aparecem centenas de opções. E você fica lá, vidrado, pensando em quanto tempo perdeu passeando em lojas de verdade, que absurdo “bater perna”, estamos na era do virtual!

Você clica no produto e lá aparece: a descrição, valor, tudo! Faz o login, põem em seu “carrinho de compras”, escolhe a forma de pagamento e pronto. A sua caixa de mensagens recebe uma confirmação do seu pedido e você pode acompanhar todo o processo, desde a confirmação do pagamento até a entrega. Ah, a entrega. Depois de mais ou menos uma semana, aquela caixa de papelão toda enrolada em fita (parece natal) chega a sua casa. Depois de quase se matar tentando (em vão) abrir o pacote com as mãos, você acaba cortando tudo com a tesoura e é ai que encontra: o plástico bolha (acho que o plástico bolha é uma invenção menosprezada, que maravilha é o plástico bolha!)

E agora é assim, volta e meia eu me vejo com 4 ou 5 páginas abertas, pesquisando produtos, preços, sebos. A verdade é que comprar pela internet acaba com os inconvenientes de ir a uma loja. Você pode namorar o quanto quiser um produto pela internet, sem que a vendedora te dê aquele olhar de “vai comprar ou não”, você não precisa evitar a rua da loja na qual passou 3 horas se olhando na frente do espelho, mas acabou não levando o vestido por que era muito fora do seu orçamento.

Dá pra entender? Você não precisa se vestir pra fazer compras on-line: pode estar descabelada, sem maquiagem, tomando café em sua xícara predileta, e se isso não é uma puta vantagem, eu não sei mais o que é. Posso estar parecendo uma daquelas mulheres da qual as pessoas sentem pena, assim como a colecionadora de bibelôs em forma de cachorro. Mas eu desafio qualquer um, a fazer uma rápida visitinha a um sebo on-line ou uma loja virtual. Depois de quinze minutos você vai estar atordoado com a quantidade de coisas que gostaria de comprar. E então você será como eu, e no começo pode até não admitir, mas depois de um tempo terá prazer em assumir que é um comprador on-line compulsivo, louco pelos leilões virtuais e os plásticos bolha. E aí meu amigo, será tarde de mais.


Jéssica Feller
Que mal pode esperar pela entrega do novo livro “Harry Potter”

4 comentários:

Aline Wernke disse...

hummm, e tu acha que eu compro onde as minhas bolsinhas de vaquinhas e afins :x
ahahahahaha

Pablo Valler disse...

heheheh só esqueceu de dar a dica de alguns links, tô precisando dar uma olhada num sebo, qual tu aconselha?
Beijo!

Douglas Tedesco disse...

OLá,
saudade desta página cheia de bolinhas, visitando pra não perder o costume, e dizer que isto é normal guria, hehe
nós somos normaius, isto que dizem ser bestas é a normalidade da modernidade, ou seja: nós!
hehe, bju, te cuida,
até!


Bond... James Bond!

Lilian Philippi disse...

Olha jéssica, eu prefiro ir em lojas, de fato. Sair da casa, dar uma volta, ver vitrines, pedir opinião de vendedor intrometido e desinformado. Acabar comprando a coisa errada e reclamar disso por resto da vida. Do que digitar a senha do meu cartão na internet!
hahahaha