segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Prós e contras


Como é difícil é ser “sozinha”. Não me entenda mal, eu gosto de ser solteira, de “curtir” minha liberdade, de não “dever” satisfação. Mas às vezes, até a mais convicta das solteiras têm que admitir que estar “sozinha” não é tão bom assim.

Falta alguém pra te olhar com ternura, te fazer rir, alguém pra te abraçar e beijar, pra ver um filme no sábado à noite, pra cozinhar, pra beber vinho, pra conversar, pra falar sobre o futuro. Alguém para compartilhar a liberdade, para contar sobre o seu dia.

Não há nada mais mágico do que sentimentos correspondidos, olhares que se cruzam, beijos encaixam. Às vezes acho que tudo se resume a isso: momentos. Histórias de amor são eternas, mas e o amor em si, é para sempre? Eu gostaria de acreditar que sim.

Houve uma época em que tudo era possível, em que minha cabeça não ousava questionar meu coração. Infelizmente não sou mais assim. Quem sabe com o tempo...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quantas músicas podem ser a sua "predileta"?

Que coisa incrível poder viajar no tempo com apenas um acorde. Ouço os primeiros 3 segundos de uma música e pronto! Lá estou eu, de volta a oitava série, de volta ao meu primeiro beijo, ao lado de um amigo que nunca mais vi. Nossas experiências estão impregnadas de sons, cheiros, gostos, sentimentos.

Se eu pudesse reviver minha vida, não faria nada diferente. Acho que apenas prolongaria mais as fases, seria mais boba do que fui, cantaria mais alto, abraçaria mais meus amigos, falaria menos e daria mais risadas. Pensando bem, eu não voltaria um dia na minha vida, tudo foi absolutamente perfeito até agora, até os dias ruins, as crises de choro, as quedas.

Ainda bem que existem as músicas, os cheiros, os gostos para me lembrar de tudo que já vivi e de tudo que ainda viverei. Mas daqui por diante, aproveitar mais os momentos rir mais, abraçar, falar besteiras, dançar, até que eu encontre a minha próxima “música predileta”.

domingo, 21 de outubro de 2007

As Pollys vão dominar o mundo?

Se tem uma coisa que me tira do sério são garotas Polly. Se você não sabe o que esse termo que eu adotei significa, deixe-me explicar. Pollys são as garotas que a Tati Bernardi chama de “fadinhas”, conhecidas também como "patricinhas".

Pollys são “wanna be Barbie´s”, mas elas nunca passaram do um metro de sessenta (sorry) e por isso nunca poderão ser o ícone loiro da futilidade. Essas garotas são fácil reconhecimento: elas andam em bando, tem mechas loiríssimas (a base de muito descolorante) e cabelos lisos (a base de muita prancha). Todas usam brincos iguais, uma época foram as pesadíssimas argolas de prata, depois de arame com fios coloridos e agora as de madeira com strass. Usam pulseiras até o cotovelo e juram de pés juntos que são todas de prata.

Eu acredito que exista uma loja especializada para Pollys, onde só se vende saias minúsculas e botas anabela de madeira que ficam muito largas nas pernas e dão aquele impressão de estarem “pisando em ovos”. Quando vão a bailes de formatura usam algo bem original: o mesmo vestido. Curtinho com uma fita de cetim, cujo a única diferença é a cor, juntas elas parecem as princesas da Disney (e isso não foi um elogio).

As Pollys estão sempre bronzeadas e “ficandinho” ou namorandinho” com algum carinha tosco que tem vários amigos toscos. Como se tudo isso não fosse o suficiente elas tem uma risada bem tolinha e irritante, usam perfumes doces de mais, tem aquele tipinho de voz fina que te faz querer vomitar e pesam 50 gramas. Seus hobby´s são bater fotos fazendo biquinho na frente do espelho e infernizar a minha vida. Suas aspirações para o futuro são: ser modelo ou dona - de – casa - rica ou mulher de médico ou dançarina do “É o than”.

O que mais me irrita nelas é aquele olhar vazio, seguido por respostas idiotas que só poderiam sair da boca de uma boneca de plástico. Mas parai, bonecas de plástico não falam! Então por que elas insistem? Não dá para ficar caladinha, fazendo biquinho o tempo todo? Não dá para poupar as pessoas de suas irritantes conversinhas?

Quando eu passo ao lado de uma Polly tenho vontade de pega-la com uma mão só (acredito inclusive que seria possível) e chacoalhar até que o seu imã caia. Porque eu simplesmente não posso viver em um mundo onde há criaturas tão nocivas a saúde, andando livremente por aí!

Jéssica Feller avisa: Pollys possuem imãs que podem causar retardamento intelectual gravíssimo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Refém

Ontem à noite enquanto eu tomava um banho relaxante, uma barata entrou por baixo da porta. Fiquei estarrecida com aquela presença indesejada. Sim, eu sou uma dessas garotas frescas que odeiam baratas e aranhas, que dão gritinhos e sobem em cadeiras. Acontece que a porta estava trancada, ninguém poderia vir me socorrer, eu era uma refém.

Dentro do box, acompanhei com os olhos enquanto ela entrava no tênis do meu irmão (bem feito quem manda deixar tudo jogado), subir pelo armário de toalhas e por fim, se dirigir a pia. Percebo que o pote onde guardo minha escova e creme dental está aberto. Que aflição! Bem que a minha mãe diz: “Fecha esse pote guria, um dia uma barata vai passar por aí!” (odeio o fato de que minha mãe sempre tem razão).

Quando meus dedos já estavam murchos, eu decidi tomar uma atitude. Fechei o chuveiro, me enrolei na toalha e devagarzinho saí do banheiro. Voltei munida: inseticida em uma mão e na outra o tênis do meu irmão (quem manda deixar tudo jogado). Depois de alguns minutinhos de hesitação ela estava sendo jogada no lixo, junto com minha ex-escova de dente, ex-creme dental e ex-pote. Tudo bem que eu não a vi passar por ali, mas do jeito que a minha mãe tende a estar certa, eu achei melhor garantir!

Jéssica Feller
que viu uma barata "daquelas bem gordinhas"

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

(...)

-Faz tanto tempo que não me apaixono, nem sei mais como é!
-É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece!
-Mas eu não sei andar de bicicleta!
-A cavalo?
-Não.
-Então, é como dirgir!
-(...) eu acho que dirijo mal!
-Então tas perdida!!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O nascimento

Já eram quase 23:00h quando o meu celular tocou, do outro lado uma voz amiga me diz:
-Nasceu! Nosso bebê nasceu.
-Como foi Guilherme? Deu tudo certo?
-Não dá pra explicar, aquele barulho, tudo girando, não dá pra explicar! disse ele com a voz chorosa.
-Me conta, ou melhor passa pro Júlio. - Júlio, como foi?
-Um tesão,cara, um tesão! To com ele na mão agora, amanhã você vai ver.

Eu desliguei o telefone e soltei um berro, daqueles de alegria que vem acompanhado por pulinhos e é claro olhares alheios.
E foi assim que nasceu o “Folha Universitária”, filho de todos aqueles que se encontravam em bares e restaurantes, que passavam horas falando sobre um jornalismo diferente, um jornalismo melhor.

Ele agradou e desagradou a muitos, sofreu críticas e até teve aquele zine, dizendo que o pessoal do primeiro período não entendia nada, nem de diagramação, nem de conteúdo.
O “Folha Universitária” só teve uma edição. Edição que eu ainda guardo com muito carinho, toda assinada por aqueles que um dia serão “os grandes nomes da comunicação”.

Até hoje quando me lembro daquele dia tenho vontade de berrar, de sorrir, de chorar. Talvez as pessoas vejam o jornal como um fracasso, eu vejo como uma vitória. Uma grande vitória, a primeira de muitas. O melhor disso tudo foi que eu pude compartilhar aquela alegria com pessoas que acreditam como eu, em um jornalismo melhor.



Jéssica Feller
que sente muita falta daquele tempo

domingo, 14 de outubro de 2007

1° passo: admitir que tem um problema

O post de hoje é quase uma confissão. Uma confissão sobre o meu mais novo prazer culposo. Digo isso por que desde os primórdios prazer vêm associado à culpa, coisas da Igreja Católica. Enfim, todos sabem (e se não sabiam, estão agora) que eu sou viciada em Sex and the city. Mal pude me conter quando soube que as temporadas estavam sendo vendidas nas bancas (algum tipo de golpe promocional da revista Contigo!) Acontece que os fascículos só foram até a 2° temporada e isso é claro, não é satisfatório.

Eis que eu tive de buscar novas alternativas para completar a coleção (o seriado teve seis temporadas). Fui apresentada então as compras on-line. Confesso que no começo eu não me senti muito a vontade, acho que foi por que vi um documentário sobre uma mulher que colecionava cachorros, ou melhor bibelôs em forma de cachorros, e os encontrava pela internet . Aquela imagem me aterrorizava, mas no fim acabei cedendo.

Durante duas semanas eu fiquei satisfeitíssima em ver a coleção completa em minha estante, mas acabei sentindo um enorme vazio ao concluir que agora não há mais nada para comprar. Veja, se eu morasse nos EUA poderia encomendar camisetas, roupão e até mesmo copos de Sex and the city, infelizmente a HBO não disponibiliza esses produtos para os brasileiros.

Mas meu prazer (culposo) vai além da série, aliás, ela foi apenas uma desculpa para entrar no perigoso território das compras virtuais. Não sei explicar ao certo qual é a mágica por trás desse mecanismo facilitador, mas por algum motivo é tudo muito excitante. Você entra na página e busca por qualquer coisa, logo aparecem centenas de opções. E você fica lá, vidrado, pensando em quanto tempo perdeu passeando em lojas de verdade, que absurdo “bater perna”, estamos na era do virtual!

Você clica no produto e lá aparece: a descrição, valor, tudo! Faz o login, põem em seu “carrinho de compras”, escolhe a forma de pagamento e pronto. A sua caixa de mensagens recebe uma confirmação do seu pedido e você pode acompanhar todo o processo, desde a confirmação do pagamento até a entrega. Ah, a entrega. Depois de mais ou menos uma semana, aquela caixa de papelão toda enrolada em fita (parece natal) chega a sua casa. Depois de quase se matar tentando (em vão) abrir o pacote com as mãos, você acaba cortando tudo com a tesoura e é ai que encontra: o plástico bolha (acho que o plástico bolha é uma invenção menosprezada, que maravilha é o plástico bolha!)

E agora é assim, volta e meia eu me vejo com 4 ou 5 páginas abertas, pesquisando produtos, preços, sebos. A verdade é que comprar pela internet acaba com os inconvenientes de ir a uma loja. Você pode namorar o quanto quiser um produto pela internet, sem que a vendedora te dê aquele olhar de “vai comprar ou não”, você não precisa evitar a rua da loja na qual passou 3 horas se olhando na frente do espelho, mas acabou não levando o vestido por que era muito fora do seu orçamento.

Dá pra entender? Você não precisa se vestir pra fazer compras on-line: pode estar descabelada, sem maquiagem, tomando café em sua xícara predileta, e se isso não é uma puta vantagem, eu não sei mais o que é. Posso estar parecendo uma daquelas mulheres da qual as pessoas sentem pena, assim como a colecionadora de bibelôs em forma de cachorro. Mas eu desafio qualquer um, a fazer uma rápida visitinha a um sebo on-line ou uma loja virtual. Depois de quinze minutos você vai estar atordoado com a quantidade de coisas que gostaria de comprar. E então você será como eu, e no começo pode até não admitir, mas depois de um tempo terá prazer em assumir que é um comprador on-line compulsivo, louco pelos leilões virtuais e os plásticos bolha. E aí meu amigo, será tarde de mais.


Jéssica Feller
Que mal pode esperar pela entrega do novo livro “Harry Potter”

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Dois pés esquerdos



Há dias em que estamos bem, dispostos, felizes. Não precisa de um motivo em particular, tudo está certo e ponto. O problema é que esses dias são raros e a maioria do tempo eu fico pensando: Posso ir embora AGORA?

Vai ver que só eu me sinto assim, que todos a minha volta adoram acordar super cedo e ir trabalhar, ou ir para a academia, ou fazer o que quer que seja que as pessoas façam. Eu não sou assim, eu tenho preguiça e MUITA. Acontece que eu não tenho escolha e quando tenho de ir.. vou! E as coisas só tendem a piorar.

Quando somos crianças tudo é uma festa e a gente mal pode esperar pra crescer e fazer coisas incríveis. Agora que eu já cresci, tudo que eu queria é voltar a ser criança, dormir até às 10 da manhã e ganhar presente na sexta-feira.

Mas infelizmente não há volta e acreditem : só vai piorar!


Jéssica Feller
que não consegue pensar em nada engraçadinho pra escrever aqui

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sonhos eróticos


Estou de dieta desde os doze anos e isso não é exagero, é a verdade. Tudo bem que durante esse período eu me permiti ser feliz por alguns meses e recuperei tudo o que tinha eliminado. “Não faz mal, daqui a seis dias é segunda de novo e mais uma chance se apresenta.” Acontece que dessa vez eu não vou desistir, nem trapacear. Devo admitir que estou fazendo um bom trabalho, ao menos enquanto estou acordada.

Foi em alguma sexta-feira que depois de comer um clube social de pizza (quase um banquete) me deitei no sofá e adormeci. Demorei exatos três segundos para começar a sonhar, lá estava eu com uma costela assada na brasa (só de lembrar já me arrepio) e aquela gordura. Deus meu, quanta gordura! O pior é que nem gosto tanto assim de costela (prefiro lombo de porco com bacon enrolado).

E assim foram as noites seguintes: tortas, big-mac, sorvetes, empadas. Meu inconsciente comia durante a noite, tudo aquilo que eu me privava durante o dia. Foi então que cheguei ao fundo do poço, sonhei com a tal “Torta Glória” do Café House/BC. Acontece que esse não era um sonho comum, isso era baixaria. Afinal, eu NUNCA comi essa torta na minha vida.

Como se já não bastasse meu “acervo” de guloseimas, eu agora comecei a sonhar com o que minhas amigas comiam. Isso vai além de sentir falta de comida, isso é um problema (e dos graves!). Mas como eu vou controlar minha mente? Não posso me enganar e fingir que maça é chocolate, não dá, não adianta. Daquele dia em diante permiti que a minha mente sonhasse com aquilo que me dá mais desejo: CALORIAS!


Jéssica Feller
Que dorme com o livro “Pense magro” embaixo do travesseiro na esperança de fazer osmose

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Verdades


Passei metade da minha vida observando as pessoas, a outra metade eu gastei falando delas. Mas agora que tenho um blog decidi que vou dividir com o mundo minhas conclusões. Está é a verdade sobre os seres humanos e você não vai encontrá-las em nenhum outro lugar.

1- Todo baixinho (a) é folgado.
Não adianta, todo baixinho (a) é, e não pode negar. È como se eles compensassem a falta de centímetros sendo extremamente inconvenientes e abusados. Observem, em todas as brigas, discussões sem fundamentos e escândalos vergonhosos há no meio um baixinho (a). E pode ter certeza, se não foi ele que começou não será ele que vai apartar.

2- Todo ex-gordo é chato.
Quando as pessoas perdem muito peso elas tendem a descobrirem um “novo eu”. Esse “novo eu” não tem tempo para os amigos gordinhos, o “novo eu” ama contar calorias, usar saias curtíssimas, pintar o cabelo de loiro, dançar até o chão e ficar com todos os que aparecerem pela frente.

3- Não se pode confiar em quem não bebe.
Me dê bons motivos para não se beber? Qual é o grande problema da cerveja, do vinho, dos driks? Afinal, qual é o seu medo? O que você esconde? O que é que você não quer que ninguém mais saiba que te faz preferir ficar sem o álcool? Admitam, não é normal, natural ou social não beber. É por isso que não se pode confiar em quem não bebe.

4-Há dois tipos de pessoas: as que são legais e as que não fumam.
Existe algo mais chato do que não fumante? Sim, o ex-fumante. Pessoas que vão para barzinhos, baladas e afins e ficam a noite inteira enchendo o saco dos que estão fumando. “Nossa que cheiro”, “Isso mata”, “Cuidado com a fumaça”. Pior mesmo é só quando elas simulam uma tosse e olham torto. Não bebe, não fuma, não se diverte... VEIO FAZER O QUE AQUI?...



Jéssica Feller
Que evita: pagodes, vigilantes do peso e todos os outros lugares de maior circulação dos citados acima.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

O segredo



Estávamos sentados no restaurante, é inevitável que depois de alguns drinks as pessoas comecem a reclamar. Reclamamos de tudo, estar acima do peso, não ter um bom emprego, não ter namorado. Eis que dois dos meus amigos presentes não tem mais problemas. Sim, eles descobriram o poder da visualização. Como? Simples ,ambos leram o livro “O Segredo”.

Agora você deve estar com aquela cara de quem não acredita no que está lendo, mas tudo bem. Eu admito que demorei para engolir a história. Mas depois de 3 mojitos e algumas tequilas eu já estava visualizando tudo e mais um pouco.
A questão não é se você leu, lerá ou não quer nem ouvir falar no livro, o que me deixa sem sono a noite é : O que é necessário para mudar sua vida?

Todo mundo espera por alguma coisa, algo que mude drasticamente sua realidade. Pode ser um amor, um emprego, uma viagem, um carro. Não importa. Todos estamos na espera. Não há nada de errado em desejar as coisas, mas o que me assusta é o pensamento que surge no meio da noite, aquele que me tira o sono, aquele que me faz comer as unhas dos pés e das mãos (exagero).E se (e tenho até medo de escrever isso) nada acontecer? Se nada daquilo que eu espero, cruzar o meu caminho?

É por essas e outras que eu admito, vou ler o livro. Não sei se por curiosidade, se por ser cínica de mais ou se eu simplismente preciso calar de uma vez por todas a voz na minha cabeça que duvida. E muito!

Jéssica Feller
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