Em agosto
de 2014 tomei uma decisão que mudou minha vida, e me trouxe até aqui. Devo
dizer que os primeiros nove meses que antecederam agosto não foram nada fáceis,
em meio a uma vida perfeitamente normal, com emprego estável, amigos e família
mais que especiais, um amor correspondido, um maremoto se iniciou. Não vou
entrar em detalhes (aguardem para quando eu tiver 80 anos e lançar minha
autobiografia), mas vou ser categórica: minha vida virou de cabeça para baixo
da pior forma possível. Todos os meus valores e crenças foram questionados em
todos os sentidos. De repente me vi, em meio a destroços do que antes era minha
vida e me questionei: eu tenho mesmo coragem de ser quem quero ser? De fazer o
que realmente quero fazer?
E me
senti tão ridícula e hipócrita, ora, quem não vive o que acredita tem que nome?
E foi ai que meu pé encontrou o pau da barraca. Pedi demissão do meu emprego de
cinco anos e aceitei o convite de uma amiga de infância para viajar e ficar na
Ucrânia durante dois meses. E pra quem não me conhece explico, sempre fui a
pessoa mais medrosa do mundo, daquela que pensa um milhão de vezes antes de
fazer algo, que mede cada consequência, e por isso não foi surpresa que 99% dos
meus familiares e amigos disse: Não, você não vai!
Ah, mas
eu vou sim! Largar emprego? Feito! Viajar para um País em guerra? Porque não?
Medo de ter o avião atingido? De forma alguma! Morrer de saudades? Eu dou um
jeito! Me virar nos 30 em todas as situações possíveis? Claro!
E ai que
vivi os dois meses mais incríveis da minha vida, mais libertadores,
desafiadores e felizes e... Ah, vocês entenderam! Conheci a Ucrânia, Alemanha,
Turquia e fiquei algumas horinhas em Paris (e já essas horinhas renderam mil e
uma histórias). E o resultado de tudo isso, de todas essas experiências lindas,
perrengues e pessoas maravilhosas que conheci, foi a decisão de que meu próximo
voo seria mais alto. Aquele que sempre sonhei, que sempre me deu frio na
barriga, que eu já achava que não
realizaria: mudar de cidade e morar sozinha!
Em
fevereiro completo um ano de vida nova, e agora com a cabeça um pouco menos
“anuviada”, senti que chegou a hora de compartilhar um pouquinho dessa aventura
que chamo de vida.
4 comentários:
Amigaaa tua experiência rende boas crônicas. Estou ansiosa pelos próximos posts 😊
Como falar de recomeço e não lembrar de Jéssica Feller? Mesmo sabendo de algumas tantas histórias dessa aventura que é a tua vida, estou ansiosa pra ler, imaginar tu contanto e matar um pouco da saudade que insiste em consumir um pouco dos meus dias. Sucesso e dale pau no blog :*
Tudo culpa sua!!! Obrigada Mari, por tudo!! ❤️
Tuas palavras sempre me emocionam, me inspiram! Sou tão feliz por te ter ao meu lado nessa caminhada! Obrigada amiga , sempre!
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