sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Sobre aventurar-se


Em agosto de 2014  tomei uma decisão que mudou minha vida, e me trouxe até aqui. Devo dizer que os primeiros nove meses que antecederam agosto não foram nada fáceis, em meio a uma vida perfeitamente normal, com emprego estável, amigos e família mais que especiais, um amor correspondido, um maremoto se iniciou. Não vou entrar em detalhes (aguardem para quando eu tiver 80 anos e lançar minha autobiografia), mas vou ser categórica: minha vida virou de cabeça para baixo da pior forma possível. Todos os meus valores e crenças foram questionados em todos os sentidos. De repente me vi, em meio a destroços do que antes era minha vida e me questionei: eu tenho mesmo coragem de ser quem quero ser? De fazer o que realmente quero fazer? 

E me senti tão ridícula e hipócrita, ora, quem não vive o que acredita tem que nome? E foi ai que meu pé encontrou o pau da barraca. Pedi demissão do meu emprego de cinco anos e aceitei o convite de uma amiga de infância para viajar e ficar na Ucrânia durante dois meses. E pra quem não me conhece explico, sempre fui a pessoa mais medrosa do mundo, daquela que pensa um milhão de vezes antes de fazer algo, que mede cada consequência, e por isso não foi surpresa que 99% dos meus familiares e amigos disse: Não, você não vai!

Ah, mas eu vou sim! Largar emprego? Feito! Viajar para um País em guerra? Porque não? Medo de ter o avião atingido? De forma alguma! Morrer de saudades? Eu dou um jeito! Me virar nos 30 em todas as situações possíveis? Claro!

E ai que vivi os dois meses mais incríveis da minha vida, mais libertadores, desafiadores e felizes e... Ah, vocês entenderam! Conheci a Ucrânia, Alemanha, Turquia e fiquei algumas horinhas em Paris (e já essas horinhas renderam mil e uma histórias). E o resultado de tudo isso, de todas essas experiências lindas, perrengues e pessoas maravilhosas que conheci, foi a decisão de que meu próximo voo seria mais alto. Aquele que sempre sonhei, que sempre me deu frio na barriga,  que eu já achava que não realizaria: mudar de cidade e morar sozinha!

Em fevereiro completo um ano de vida nova, e agora com a cabeça um pouco menos “anuviada”, senti que chegou a hora de compartilhar um pouquinho dessa aventura que chamo de vida.





    
              Essa foto é só pra fazer invejinha e dizer: olha eu na Europa! ALOKA! 




4 comentários:

Unknown disse...

Amigaaa tua experiência rende boas crônicas. Estou ansiosa pelos próximos posts 😊

Fátima Barbi disse...

Como falar de recomeço e não lembrar de Jéssica Feller? Mesmo sabendo de algumas tantas histórias dessa aventura que é a tua vida, estou ansiosa pra ler, imaginar tu contanto e matar um pouco da saudade que insiste em consumir um pouco dos meus dias. Sucesso e dale pau no blog :*

Unknown disse...

Tudo culpa sua!!! Obrigada Mari, por tudo!! ❤️

Unknown disse...

Tuas palavras sempre me emocionam, me inspiram! Sou tão feliz por te ter ao meu lado nessa caminhada! Obrigada amiga , sempre!