domingo, 26 de outubro de 2008

O difícil não é ser você. Difícil é ser normal.

Você com seus desejos, sabe de suas habilidades e limites, mas acredita em você. E então eles lhe dizem:
-“Você não vai conseguir.” Dói, mas não é o suficiente.
Aos poucos você conquista, uma ou outra pequena parte do caminho, mas ainda não é o suficiente para eles e novamente te dizem:
- “Vocês não vai conseguir.” Dói, mas não é o suficiente.
Passa o tempo e você se encontra em uma encruzilhada, olha para trás e sente-se orgulhoso do que já conquistou. E ao ver isso, eles dizem:
- “Não é o suficiente.” Dói, e você começa a achar que não vai conseguir.
Preso nesse espiral, você finalmente se entrega, levanta os braço e grita:
- Eu sou fraco,meus limites superam minhas habilidades. Eu não vou conseguir.
E como se não fosse o suficiente eles te olham, de cima para baixo e dizem:
“Eu avisei”.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Não estou só

Sempre me senti uma estranha no ninho, como se não pertencesse a nenhum lugar. Havia algo em mim que me fazia ser diferente dos outros. Quis a vida que eu descobrisse aos 16 anos, que na verdade eu não era estranha, eu era jornalista. Nunca vou me esquecer desse dia, ouvindo a conversa de dois jornalistas sobre filmes em PB, fotografias, política. Pensei comigo: “Esse é o tipo de conversa que quero ter, quero estar rodeadas por pessoas assim.”

Hoje no 7º período da faculdade, já pensando em meu TCC, tentando arrumar um estágio e quase ficando louca com o livro de 30 páginas que tenho que escrever para redação, eu vejo que enfim encontrei meu lugar. Está certo que há tempos perdi as ilusões sobre um jornalismo que modifica a sociedade, a imagem do jornalista como um intelectual-boêmio-contemporâneo, o sonho de ficar rica fazendo jornalismo. Mas ainda sim, eu sei que não seria completa fazendo outra coisa e o simples fato de não ser mais “a” estranha no ninho já me dá uma certa paz. Estranha sim, mas não estou sozinha nessa.

Jéssica Feller
que queria ter feito parte do Pasquim

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O retorno

Sei que não há desculpas para uma blogueira abandonar seu veículo, mas é fácil perder a concentração em meio a tantos acontecimentos. Talvez eu estivesse esperando tudo se acertar, e com a mente no lugar escrever o post de volta. A verdade é que as coisas não estão no lugar, tudo está acontecendo ao mesmo tempo e minha mente não consegue se fixar em apenas uma coisa.

Mas no fundo esse sempre foi o objetivo desse blog, botar para fora as frustrações e “pensar alto” sobre tudo o que acontece. Então aqui estou, tentando me redimir com meu velho companheiro de madrugadas, que me ajudou a “liberar” tudo o que me sufocava, despertava interesse ou apenas fazia rir.

Esse é um novo capítulo da minha vida. Sejam todos bem vindos.